Temo desde pequeno
adoecer no sereno
cair e quebrar o braço
dançar e errar o passo
Temo desde criança
se machucaria a dança
se doeria o tapa
se sangraria a napa
Temo desde menino
se ao cantar desafino
se ao brincar esborracho
se ao perder não me acho
Temo desde este ano
De não cumprir meus planos
De não saber a verdade
De me afogar de saudade
Temo todos os dias
De saber que não sabia
De não amar por ter medo
De ficar velho mais cedo
Caio Dezorzi
Setembro de 2010