Quem não tem terra e só faz vagar
Neste país de tão poucos donos
Com a bandeira da cor de seu sangue
Ergue sua foice e se põe a marchar
O rosto enrugado no tempo
que passa e leva o amor
pela vida dura e bela
como a mão do trabalhador
Cada calo tem sua dor
sem calar o futuro da gente
que insiste em olhar para frente
consciente do próprio valor
E mesmo sempre açoitado
entretido e embriagado
o povo alegre e cansado
se une na mesma canção
Pega a mão do irmão ao lado
Faz dessa terra um só coração
E os milhões de punhos cerrados
Serão parteiros da revolução
Caio Dezorzi
Outubro de 2010